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A ‘corneta’ que fez Ederson largar lateral para virar goleiro

A ‘corneta’ que fez Ederson largar lateral para virar goleiro
Publicado em 26/10/2024 às 9:24

Um dos principais pilares do Manchester City de Pep Guardiola, Ederson se consolidou nos últimos anos como um dos melhores goleiros do mundo. Sua história, porém, quase foi bem diferente.

Antes de se tornar arqueiro, ainda nos tempos de “escolinha”, o camisa 31 dos Citizens se arriscou como lateral-esquerdo. Um professor “corneta”, porém, lhe ajudou a perceber que seu lugar em campo era outro.

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“Eu tinha muita dificuldade, porque lateral tem que subir e descer toda hora. Meu treinador até brincou comigo: ‘para subir vai bem, mas para voltar precisa chamar um táxi’. Então ali, despertou o interesse de ir para o gol, junto com a vontade do meu treinador também, porque eu não dava muito resultado como lateral”, contou Ederson, em entrevista à ESPN.

O período entre a mudança de posições foi curto, de menos de um ano. Mas as primeiras experiências não renderam imediatamente grande resultados, até porque o esporte ainda não era uma paixão na vida de Ederson.

“Não gostava de futebol. Comecei um pouco tarde, com 9 anos, e depois fui para o gol aos 9. Aí comecei a pegar gosto, fui treinando, evoluindo”, relembrou o goleiro do City e da seleção brasileira, que tinha outro- fator para gostar tanto de se aventura na nova posição.

“Eu gostava de ficar pulando no terrão, quando chovia, que goleiro tinha que se sujar. Então, eu adorava isso, e quem não gostava era minha mãe, que tinha que lavar minha roupa”, brincou.

Suporte familiar

Seja na mudança de posição ou na hora de se mudar para Portugal, ainda garoto, Ederson sempre contou com a ajuda de sua família. Seu pai, inclusive, foi um dos grandes incentivadores da carreira, justamente por não ter conseguido cumprir seu sonho de se tornar um jogador.

“Ele ajudava o meu irmão em tudo, porque o meu irmão também jogou, no Corinthians, no Caxias. Então, ele sempre incentivou a gente, sempre tentou dar o melhor, sempre trabalhou árduo para não deixar faltar nada”, disse.,

Ederson até hoje se recorda da conversa com os pais quando decidiu mudar-se para Portugal. Aos 16 anos, ele deixou a base do São Paulo para buscar a sorte na Europa, onde se estabeleceu como um dos principais nomes da posição no mundo.

“Antes de ir para Portugal, sentei com meu pai e minha mãe no sofá, e meu pai falou: ‘É isso que você quer?'”, recordou Ederson.

“E eu falei: ‘Sim, é isso que eu quero para a minha vida, quero tentar ser um jogador profissional, conquistar títulos, ser reconhecido na Europa’. E ele simplesmente falou: ‘Está bom, meu filho, vai lá. O que você precisar, seu pai e sua mãe estão aqui, a gente vai te incentivar’. Não tem suporte melhor que esse”, acrescentou.

O sucesso jogando com os pés

O lateral que não vingou se tornou um goleiro de primeiro nível, a ponto de estar em sua 8ª temporada como titular absoluto de um dos principais clubes do mundo. Parte do sucesso vem, curiosamente, de sua capacidade de jogar com os pés, algo que nem surpreende quem o conhece desde pequeno.

“Um dos fatores que me ajudou no desenvolvimento do jogo com os pés foi o futsal. Eu joguei futsal por quatro anos, e futsal é um jogo em que você tem que pensar rápido”, falou.

“Eu era um goleiro linha, então dava muito suporte para o meu time, fazia muitos gols também. Eu acho que o principal fator do meu jogo com os pés, de eu ter essa qualidade hoje, é derivada do futsal”, finalizou.