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Filhas de Léo Batista se emocionam no velório do corpo do jornalista
No início da tarde desta segunda-feira, 20 de janeiro, familiares e amigos compareceram ao velório do corpo de Léo Batista. A cerimônia acontece na sede do Botafogo, no Rio de Janiro, é aberta ao público. Jáo sepultamento será reservado à família do comunicador.
Léo Batista, um dos personagens mais queridos da história da TV brasileira e a voz que marcou gerações, morreu neste domingo, no Rio de Janeiro, em decorrência de um câncer no pâncreas. Ele tinha 92 anos e deixa duas filhas, Monica e Claudia Belinaso.
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Monica e Claudia, aliás, se emocionaram muito no velório e chegaram a ir até os fãs, que se aglomeravam, para agradecer o carinho das pessoas pelo pai.
O jornalista Tino Marcos esteve presente no velório e, ao falar com a imprensa, não segurou as lágrimas.
Nascido em Cordeirópolis, interior de São Paulo, em 22 de julho de 1932, Seu Leo, como era carinhosamente chamado pelos colegas, era o carisma em pessoa, o homem que atravessou décadas entrando nas casas brasileiras, fazendo companhia às famílias à frente do ‘Fantástico’, do ‘Esporte Espetacular’, do ‘Globo ‘Esporte’, do ‘Jornal Nacional’ ou do ‘Jornal Hoje’.
Na Globo desde 1969, Léo Batista começou sua carreira mais de 20 anos antes, em 1947. João Baptista Belinaso Neto, nome de batismo de Léo Batista, trabalhou nas rádios de Birigui, de Campinas e na Difusora de Piracicaba antes de se mudar para o Rio de Janeiro, em janeiro de 1952, para trabalhar na Rádio Globo como locutor e redator de notícias do programa O Globo no Ar. Em 1954, passou a fazer parte da equipe esportiva da rádio, onde estreou narrando uma partida entre São Cristóvão e Bonsucesso, no Maracanã — e em seguida foi trabalhar na TV Rio, onde esteve à frente do Telejornal Pirelli por mais de 13 anos. Após uma passagem rápida pela TV Excelsior, chegou à Globo.
Em sua trajetória jornalística, noticiou momentos históricos, como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, no Palácio do Catete; a morte do presidente John F. Kennedy, em novembro de 1963; e a morte de Ayrton Senna, em 1994. “Eu estava de plantão naquele fatídico dia 1º de maio. Na hora do acidente todo o mundo ficou chocado, rezou, torceu, segurando aquele choro engasgado. Eu vestia uma camisa laranja e achei que não cabia entrar no ar com uma cor tão alegre. Lembrei que o Senna havia me dado uma coleção de camisas tipo polo com a grife dele. Quando fui até o armário pegar uma, era justamente a preta que estava lá”, comentou certa vez o jornalista, durante uma entrevista.