A declaração de Abel Ferreira sobre este ser seu “último ano no Brasil” repercutiu na Europa. O treinador do Palmeiras deu a declaração após a derrota da equipe por 2 a 1 para o Novorizontino, no sábado (25), pelo Campeonato Paulista. O português foi questionado sobre protestos da torcida contra a diretoria e indicou uma saída.

“Eu acho que toda vez que fazem isso, vaiam nosso símbolo, vaiam o treinador, vaiam os jogadores, vaiam a diretoria…”, iniciou.

“Eu já estou aqui há cinco anos, vou para o meu último ano no Brasil. E todos os anos houve momentos bons e ruins. Vamos continuar a seguir nosso trabalho. Não há nenhuma equipe que vai ganhar sempre”, afirmou, em determinado momento da resposta.

A indicação de saída virou destaque em jornais portugueses. O A Bola deu espaço para a fala do treinador palmeirense em sua página principal. O portal contextualizou que a declaração aconteceu logo após a primeira derrota na primeira fase do estadual desde 2021.

O Record, também de Portugal, foi outro que deu repercutiu a fala de Abel Ferreira; assim como o Sapo, que disse que o técnico “confirmou data de saída”.

O contrato de Abel com o Palmeiras vai justamente até o fim deste ano. A presidente do clube, Leila Pereira, já manifestou desejo de renovar até 2027.

Leia a declaração de Abel Ferreira que indica saída

“Eu acho que toda vez que fazem isso, vaiam nosso símbolo, vaiam o treinador, vaiam os jogadores, vaiam a diretoria… Estamos falando diretamente do Barros. 11 títulos, quase 400 milhões de euros de vendas. O Palmeiras estava quando eu cheguei, em termos de dívida, uma lástima, não podíamos comprar jogadores. Em quatro anos, todos juntos, a presidente, os jogadores, o treinador, com o Barros, somos uma das equipes mais prestigiadas internacionalmente e nacionalmente. Por isso é tão difícil negociar com o Palmeiras.

Temos que escolher, escolher bem, correr os riscos, porque o Real Madrid contratou o Bale por uma fortuna e pouco jogou, o Hazard pouco jogou… E acontece às vezes contratar jogadores que há poucas expectativas e ele fazer muito, e contratar jogadores que custam muito e acabam não fazendo. Temos que ter os pés no chão, estarmos todos juntos, não éramos os melhores há uma semana e não somos os melhores hoje, vamos continuar com nosso trabalho, sabemos perfeitamente como isso tudo funciona.

Eu já estou aqui há cinco anos, vou para o meu último ano no Brasil. E todos os anos houve momentos bons e ruins. Vamos continuar a seguir nosso trabalho. Não há nenhuma equipe que vai ganhar sempre. Vamos fazer o que sempre fizemos, principalmente dentro, porque fora o Palmeiras, não sei é por ser um clube formado por italianos, não tem o mesmo… É melhor não dizer aquilo que estou pensando. A responsabilidade total minha, perdemos, jogamos muito mal na segunda parte, muito bem na primeira parte. O futebol é eficácia e nosso rival foi extremamente eficaz. Já não bastasse, daqui a dois dias tem mais.”

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