A cantora Beyoncé, 43, se tornou, no domingo (2), a primeira mulher negra a triunfar na categoria de Álbum do Ano do Grammy Awards em 26 anos. A última havia sido Lauryn Hill, que levou a principal categoria da premiação com o disco “The Miseducation of Lauryn Hill” em 1999.

Com o feito alcançado pelo álbum “Cowboy Carter”, Beyoncé se tornou apenas a quarta mulher negra a receber um gramofone de Álbum do Ano. Além dela e de Lauryn Hill, apenas Natalie Cole (“Unforgettable… With Love”) e Whitney Houston (“The Bodyguard Soundtrack”) foram premiadas na categoria.

Nomes como Rihanna, Aretha Franklin, Mariah Carey, Grace Jones, Diana Ross, Tina Turner, Janet Jackson e Nina Simone foram ignoradas pela Academia da Gravação da principal categoria do Grammy. A voz de “Crazy In Love” e “Single Ladies”, inclusive, já havia perdido quatro vezes com os álbuns “Renaissance” (2023), “Lemonade” (2017), “Beyoncé” (2015) e “I Am… Sasha Fierce” (2010).

Conheça o álbum “The Miseducation of Lauryn Hill”

Lançado em 25 de agosto de 1998, “The Miseducation of Lauryn Hill” (que pode ser traduzido para algo como “A falta de educação de Lauryn Hill”) rendeu cinco Grammys para a cantora, incluindo os prêmios de Artista Revelação e Álbum do Ano — e marcando a primeira vez que um álbum de hip-hop ganhou nesta última categoria.

Naquela noite, ela se tornou a primeira mulher a ganhar cinco ou mais Grammys.

Hill começou sua carreira musical como parte da banda The Fugees, com a qual já havia ganhado dois prêmios do Grammy, mas foi com seu primeiro e único álbum solo que a cantora se consagrou como uma das melhores na música.

Com “The Miseducation of Lauryn Hill”, ela quebrou o recorde de vendas de uma artista feminina na primeira semana após o lançamento, vendendo cerca de 423 mil cópias nos primeiros sete dias.

Com ajuda do principal hit do álbum, “Doo Wop (That Thing)”, Lauryn alcançou o primeiro lugar na Billboard 200.

O disco completou 25 anos em 2023, ano no qual a cantora anunciou uma reunião com os músicos do The Fugees para uma turnê internacional de comemoração da data.

“‘The Miseducation of Lauryn Hill’ é e foi uma canção de amor para meus pais, minha família, meu povo, meus antepassados ​​musicais e culturais, meus professores, meus amores, meu Criador”, disse ela sobre o álbum no comunicado em que anunciou a turnê.

“Eu escrevi canções de amor e canções de protesto (ainda canções de amor) sobre assuntos e interesses que me inspiraram e comoveram. Eu estava confiante de que o que me inspirou iria repercutir em um público que foi levado a acreditar que músicas desse tipo só poderiam viver no passado”, acrescentou.

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*Com informações de Fernanda Pinotti, da CNN em São Paulo

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