O presidente Donald Trump deve comparecer ao Super Bowl LIX no Caesars Superdome em Nova Orleans no domingo (9), disse uma autoridade da Casa Branca à CNN.

A lista de convidados ainda está sendo preparada, disse a autoridade, embora o presidente da Câmara, Mike Johnson, natural da Louisiana, esteja em negociações para se juntar a ele.

Com sua presença no domingo, Donald Trump fará história como o primeiro presidente dos EUA a comparecer ao Super Bowl.

O ex-presidente George H. W. Bush realizou o tradicional cara ou coroa do Super Bowl após deixar o cargo em 2002 e novamente em 2017. E o então presidente Ronald Reagan realizou um cara ou coroa “via satélite do Salão Oval” em 1985, de acordo com o Pro Football Hall of Fame.

Ainda assim, não será a primeira vez de Trump em um grande evento esportivo de campeonato; ele compareceu ao Jogo 5 da World Series em 2019, quando o Washington Nationals, da cidade natal, enfrentou o Houston Astros.

Segurança intensificada

Há uma presença significativa de segurança em torno do Super Bowl, com ou sem uma visita presidencial, mas uma fonte familiarizada com o planejamento descreveu preparativos intensificados antes da presença de Trump.

O Super Bowl é designado como um evento nacional especial de segurança, exigindo uma estratégia de todo o governo para proteger o local e a região.

O planejamento para o evento começou quando New Orleans foi selecionada como o local do jogo em 2020, e exigirá toda a gama de recursos de segurança disponíveis, de químicos a biológicos e radiológicos, de acordo com Jonathan Wackrow, um colaborador da CNN e ex-agente do Serviço Secreto dos EUA.

A CNN entrou em contato com a NFL para comentar. O Punchbowl News foi o primeiro a relatar a presença esperada de Trump.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, compartilhou fotos do Caesars Superdome na terça-feira, onde ela está supervisionando as medidas de segurança.

A fonte familiarizada com o planejamento disse que haverá uma equipe significativamente reduzida no local na sexta-feira e no sábado para fins de varreduras de segurança, com muitos envolvidos sendo informados para não comparecerem à arena em nenhum dos dias.

Essa fonte descreveu os preparativos como “muito sérios” e “bastante intensos”, comparando o nível de exibições no local a uma cúpula do G7 de líderes mundiais.

“O DHS protegeu o NFL Super Bowl por mais de 20 anos. Estamos trabalhando dia e noite para garantir um dia de jogo seguro e protegido no Superdome e na cidade de Nova Orleans”, postou Noem no X.

Wackrow disse à CNN que será relativamente fácil para o Serviço Secreto converter o aparato de segurança existente para acomodar uma visita presidencial.

“Se você vai levar o presidente para qualquer lugar, levá-lo para um ambiente que foi planejado e designado como um evento nacional especial de segurança lhe dá uma pequena vantagem. O Serviço Secreto e os parceiros de aplicação da lei serão capazes de construir de forma muito eficaz um plano de segurança específico para o presidente dos Estados Unidos que se integre ao processo existente”, disse ele.

Mas a logística de uma parada presidencial no Super Bowl, ele disse, poderia causar transtornos na cidade, inclusive ao longo da rota do comboio e do aeroporto onde o Força Aérea Um pousa.

A viagem também acontece meses depois de duas tentativas de assassinato contra Trump, além de um ataque terrorista no dia de Ano Novo na Bourbon Street.

O ambiente de ameaça global e a atividade persistente de extremistas violentos domésticos, disse Wackrow, “é significativamente preocupante para o Serviço Secreto para uma viagem como essa. No entanto, isso é quase o novo normal para eles — eles agora entendem que esse é o ambiente em que estão”.

O Kansas City Chiefs jogará contra o Philadelphia Eagles, e Kendrick Lamar está programado para se apresentar no show do intervalo.