Esportes
Chefão de LALIGA surpreende e apoia iniciativa de jogadores por greve
O presidente de LALIGA, Javier Tebas, disse nesta sexta-feira (27) que “não ficaria surpreso” se os jogadores de futebol entrassem em greve geral por conta do calendário insano de partidas. O dirigente, inclusive, surpreendeu e afirmou que vê as reclamações dos atletas como “justas”.
A expansão das competições de clubes da Uefa, como Champions League e Europa League, além da criação do novo Mundial de Clubes da Fifa fizeram com que a atual temporada europeia seja a maior e mais inchada de todos os tempos.
Tudo isso fez com que o meio-campista Rodri, do Manchester City, revelasse em recente entrevista coletiva que os jogadores cogitam uma greve geral para forçar as entidades a reverem o calendário atual.
Tebas, por sua vez, admitiu que a situação do congestionamento de partidas “passou dos limites”.
“Eu não ficaria surpreso (com uma greve geral de jogadores), porque acho que já passamos do limite de dizer ‘basta’ em algumas situações”, disse o dirigente, em entrevista à ESPN.
“Quando você vê atletas do nível do Rodri falando sobre isso e ganhando o apoio de outros jogadores, minha experiência (como cartola) me diz que nós temos que começar a olhar para isso de maneira séria. Caso contrário, vamos receber nas nossas mesas um aviso de greve. Os jogadores, assim como todos os trabalhadores, têm o direito de entrar em greve. Eles são livres para fazerem isso”, seguiu.
“E quando você recebe um alerta desse, um alerta justo, diga-se, você precisa parar o que está fazendo, prestar atenção e buscar uma solução”, complementou.
O comandante de LALIGA falou ainda mais forte e pediu soluções imediatas à Fifa, afirmando que “algumas competições” têm que ser “reduzidas ou eliminadas”.
“É uma questão matemática… Dois mais dois é igual a quatro, não dá para fazer dois mais dois ser igual a seis. Não estamos pensando no aspecto mental dos jogadores, que não estão conseguindo aguentar esse ritmo atual de competições”, argumentou.
“A Fifa organiza o calendário e precisa encontrar soluções. No momento, o calendário está sendo feito sem consultar ninguém e também sem entrar em consenso com ninguém, o que é algo que deveria ser feito”, acrescentou.
“Nós (de LALIGA) acreditamos que algumas competições têm que ser reduzidas, e, em certos casos, eliminadas”, complementou Tebas, sem citar os torneios aos quais estaria se referindo.