Nesta segunda-feira (13), durante a apresentação do técnico Cuca, Victor Bagy, diretor de futebol do Atlético-MG, falou sobre a janela de transferências do clube neste início de temporada. E, inclusive, de nomes que já foram embora.

O dirigente atleticano foi questionado sobre as saídas de Paulinho, Zaracho e Battaglia e se o dinheiro da venda do trio será reinvestido em novos reforços. Victor confirmou e falou sobre cada uma das negociações.

No caso de Zaracho, negociado com o Racing, o ex-goleiro do Galo foi mais específico e afirmou que o jogador e o seu agente não foram leais ao clube.

“Realmente os valores aferidos pelo Paulinho vão ser reinvestidos nas contratações, o valor dessas vendas ou dessas saídas, Battaglia e Zaracho, vão ser incorporados a esse montante. Obviamente que a gente procura qualificar, não é só contratar para ter o jogador e ser pouco utilizado. A minha busca, junto com o Cuca e os demais membros responsáveis por essa área, é realmente qualificar. Temos uma base de equipe montada do ano passado e a ideia é rejuvenescer e qualificar, suprindo as carências que nós temos. Então, dentro de montante, vamos buscar fazer a melhor distribuição possível para realmente tornar a equipe ainda mais competitiva”, começou por dizer.

“A ideia é subir o nível (do elenco), não perder. Em relação à negociação do Paulinho, se você pegar o valor total da operação, ela foi a maior transação da história do Atlético, valores importantes. E ainda você coloca dois jogadores (Gabriel Menino e Patrick) dentro da operação, que se tornam jogadores com potencial de revenda, mas principalmente para jogar, que vai encorpar a equipe do Cuca. A ideia é qualificar, rejuvenescer, dar velocidade à equipe. Em questão das saídas do Zaracho e Battaglia, eram situações complexas. O Battaglia conseguimos dobrar o valor investido em dois anos, lembrando que é um atleta que vai completar 34 anos, isso não é comum, e diante do desejo dele de voltar para a Argentina depois de 13 anos, cuidar de situações familiares, pessoais, que ele apresentou. Entendemos que houve uma compensação financeira por isso”, prosseguiu.

“Em relação ao Zaracho, tínhamos um contrato que de certa forma nos deixava fragilizados, é importante fazer uma cronologia, estávamos desde março de 2024. Quando contratamos o (Gabriel) Milito na Argentina, nós sentamos com o estafe do atleta, que tinha sinalizado a intenção de renovação, desde março iniciamos essa intenção, fizemos uma proposta inicial, que o representante considerou muito abaixo, mas prevendo aumento para 2024, coisa que ele não teria no contrato atual. Tentamos por inúmeras vezes nos reunir ou falar com o representante do Zaracho, nunca nos respondeu, nunca nos enviou uma contraproposta, algumas vezes falou que viria a Belo Horizonte para discutir essa renovação, coisa que não aconteceu. Disse que viria para São Paulo, depois Belo Horizonte, foi a São Paulo e disse que por problemas pessoais voltaria para a Argentina, mas sabíamos que ele estava em Belo Horizonte. Isso demonstrou uma falta de respeito, falta de lealdade, visto que a gente sempre tratou com muito carinho e respeito o atleta, dando todo o suporte profissional e até mesmo pessoal em algumas situações. Tínhamos marcado uma reunião com o representante do atleta na véspera do jogo contra o River Plate, na semifinal, marcanos a reunião no hotel onde estávamos, ele não apareceu. Fizemos uma nova proposta, mandamos por e-mail, não respondeu, não ligou. Entreguei a proposta na mão do Zaracho, não nos retornou. Todos os esforços foram feito para que a gente pudesse renovar, e diante da falta de retorno, houve uma proposta do Racing, o contrato nos deixava fragilizados, e foi uma maneira de ter uma recompensa financeira, já que o atleta não iria renovar achamos que era o momento de fazer esse movimento. O atleta não se reapresentou, então entendemos que era o momento da gente virar essa página e atuar em outras frentes.”

Por último, sobre possíveis reforços que ainda podem chegar ao Galo, Victor falou que o negócio com o Coritiba pelo lateral Natanael está caminhando e que, neste momento, a prioridade é contratar novos atacantes.

O dirigente, inclusive, foi questionado sobre nomes específicos da posição, como Soteldo (Santos), Bruno Henrique (Flamengo), Cuello (Athletico-PR) e Brenner (Udinese) e afirmou que todos são “interessantes”, sem dar mais detalhes se há negociações em curso com algum deles.

“Nossa prioridade é reforçar o ataque, entendemos que nas outras posições temos peças suficientes para o início da temporada. Adiantei que buscamos rejuvenescer e ter uma equipe mais rápida. Eu costumo não comentar nomes porque existe uma questão de confidencialidade, de respeito ao negócio, até para não cair ou inflacionar a operação. Mas sem dúvidas esses nomes que você citou são interessantes, agradam e espero que nos próximos dias consigamos anunciar nomes que agreguem e tragam essa tranquilidade para o Cuca trabalhar dentro do perfil que ele gosta, que é ser protagonista. São jogadores protagonistas que estamos buscando, prontos também, é a linha que estamos atuando, jogadores que vão chegar para criar impacto e realmente brigarem pela titularidade”, finalizou.

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